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Desde a infância aprendemos que todos são diferentes. As escolas nos ensinam sobre as características físicas, como: tons de peles, olhos, cabelos, idade, etc. Os pais, muitas vezes melindrados e por ignorância, afastam os filhos daqueles que julgam como não sendo da mesma classe social por não usarem os mesmos trajes, se esquecendo de que são apenas crianças. A sociedade capitalista em que vivemos, acompanhada da mídia com suas novelas e programas que deprimem e aprisionam a consciência do homem com suas vibrações negativas, persistem em mostrar o sofrimento e sangue derramado pelo mundo, fazendo o papel de maior professor na escola de juiz. Além de tudo isso, trazemos conosco uma série de preconceitos gravados de outros momentos, reencarnações, que são energias vivas conflitando em nosso inconsciente.
A soma de toda essa carga fortalece o nosso ego que trabalha constantemente na defensiva, atacando, julgando e condenando o próximo, onde através de um ponto de vista fraco e equivocado cria julgamentos mentais ou verbais sobre um irmão ou situação.
Se analisarmos os itens acima sem um “pré-julgamento”, algo que procuramos fazer constantemente e inconscientemente para fugir das mudanças e auto avaliação, chegaremos a conclusão de que tudo está enraizado em um único lugar, ou seja, aquilo que julgamos no próximo reside em nosso interior. Basta fazer um exame de consciente se colocando de frente ao espelho e irá entender o que estou dizendo.
No budismo não existe o certo ou o errado. Nosso querido mestre Jesus e outros iluminados que passaram pela Terra nos ensinaram isso, mas poucos entenderam. Quando pediram para o Cordeiro julgar a mulher adultera, o que ele fez? Projetou sobre os acusadores um verdadeiro exame de consciência, os colocando de frente ao espelho, dizendo: quem nunca errou que atire a primeira pedra. Julgar a ação é uma coisa, mas a pessoa é outra. Posso não gostar do que ela faz, mas não devo julgá-la. Porque não ajudar, quando possível, ao invés de criticar?
Toda vez que projetarmos sobre o outro, nossas energias de “juiz rigoroso”, criamos teias negativas que agirão sobre nós no decorrer da existência. Lei do karma, colhemos o que plantamos. Não há como fugir.
Imagine um condomínio ou empresa, onde todos se cumprimentam com amor e respeito sem que haja panelinha e olhar torto. Isso sem falar e pensar mal de ninguém, ajudando um ao outro sem cobrar nada em troca. Muito difícil né? Por isso, devemos fazer a nossa parte da melhor forma possível.
Ora somos os diretores e atores principais do filme e mais além, seremos os ouvintes e espectadores de nossos próprios atos, pensamentos e verbo. Tudo está gravado no éter!
Ao deixar de vivenciar as amarras do mundo exterior das ilusões e iniciar uma busca interior incessante, tudo irá mudar. A iluminação traz uma nova consciência que despedaça as barreiras do ego. Nosso ângulo de analise deve ser diferente e elevado. Devemos ver todos como iguais. Em uma criança, adolescente ou adulto existe a centelha divina e sua essência é pura. Ver Deus em tudo e em todos, exercitar o amor incondicional com desapego e gratidão, esse é o caminho.
Lógico que isso não é fácil, mas não é impossível. “Disciplina, disciplina e disciplina”, Emanuel dizia a Chico Xavier. “Não vim trazer a paz, mas a espada” disse Jesus. Vamos nos inspirar nos ensinamentos desses e outros grandes iluminados que desceram para nos ensinar como ascender ao alto.
“Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e com toda a tua capacidade intelectual’ e ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.